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Há 50 anos o Papa Paulo VI publicava a Encíclica Humanae Vitae, sobre a regulação da natalidade e o uso dos métodos contraceptivos. Além de expor a doutrina da Igreja sobre o projeto de Deus para o matrimônio, quando reafirmou a união entre os aspectos unitivo e procriativo na finalidade do ato sexual entre o casal, e a gravidade em dissociá-los da intenção dada pelo Criador inscrita na lei natural moral.
Contrariando relatório apresentado por uma maioria da Comissão criada por São João XXIII para estudar prós e contra ao controle da natalidade através dos métodos contraceptivos, que surgiam numa época de revolução sexual e a luta pelo direito ao sexo livre, o papa do Concílio Vaticano II posicionou-se contra o uso de tais métodos, da esterilização e o aborto, confirmando a doutrina de sempre da Igreja.
segundo o padre Di Felice, Paulo VI recebeu da Comissão dois relatórios, um pró, da maioria, e um contra, da minoria. Ele “tomou os dois documentos, o da maioria e o da minoria, levou-os a sua capela privada e passou a noite toda em oração, perguntando-se o que devo escolher para o bem das almas. Então, à luz do dia, veio-lhe uma iluminação, uma decisão firme, como se o Espírito Santo estivesse lhe confortando, e disse: ‘Isso é o que devo escolher!’ E foi uma grande escolha, porque se nós admitíssemos o uso da pílula que altera o mistério da vida, teria sido um desastre.”
Defendendo o “gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são colaboradores livres e responsáveis de Deus criador” (HV 1), o Pontífice profeticamente alerta aos esposos em receber os filhos como dom e não como “direito” pautado nos critérios de uma sociedade culturalmente capitalista, onde ter filho é associado ao êxito da carreira profissional, ao conforto da vida social e financeira, à prioridade de sua formação acadêmica, ou à manutenção da estética de seu corpo.
Muitos casais não se preocupam em serem fiéis à promessa que um dia, sacramentalmente, assumiram diante de Deus e da Igreja, quando decidiram se unir em Matrimônio, prometendo acolher com alegria os filhos que Deus lhes enviar . O tempo vai passando e os anticoncepcionais tomam o lugar de Deus, para reafirmarem a decisão exclusiva do casal em quando vão ter seu único filho ou no máximo dois.
Paulo VI no dia 25 de julho de 1968 publicou a Humanae Vitae e, ao assiná-la, abraçou sua cruz e a deu também a tantas pessoas, principalmente aos casais, que numa sociedade hedonista decidiram por viver a castidade segundo os desígnios de Deus.
São Paulo VI, rogai por nós.
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