Minha doce Santa Teresinha,

   Fui convidado para escrever um artigo falando sobre a rica experiência que tive quando, ao lado dos meus irmãos e irmãs de carisma, vivi momentos de intimidade e aprendizado contigo. É certo que, quanto mais nos aproximamos de alguém que gostamos, mais ganhamos conhecimento e admiração por ela. E foi assim que nossa história ganhou novos capítulos importantes.

   Lembro-me que nossa história começou lá na década de 1990 quando suas relíquias visitaram Teresópolis (RJ). Naquele tempo, onde eu engatinhava na minha via de busca pela santidade. Não uma pequena via, mas uma estrada longa e de difícil trafegabilidade rumo à salvação. Naquele tempo, ainda indagava: “Ué, existem duas santas Teresas?”. A paciência e a caridade de tantos irmãos me mostraram quem você era.

   Depois disso, a “História de Minha Alma” me foi apresentada. Confesso que a imaturidade daquele início de percurso me fez classificar a leitura como enfadonha. Porém, anos depois, já mediante a vocação Mãe do Verbo Divino, pude entender o verdadeiro sentido daqueles manuscritos.

   Ah, jamais esquecerei dos seus favores, pelos quais sou eternamente grato. Tempos em que esse jovem, apaixonado pelos flertes com sua enamorada – hoje companheira de mais de 20 anos de Matrimônio – pediu-lhe a graça de tê-la. A rosa veio, a graça também, acompanhada de dois filhos maravilhosos.

   E já que falei em família, como não citar a sua? Chamado para falar sobre a santidade dos seus pais, São Luiz e Santa Zélia Martin, fui convidado a me aprofundar na linda história desses dois. Ouso repetir aqui a frase que ouvi do Padre Paulo Ricardo. “São Luiz e Santa Zélia não são santos por serem os pais de Santa Teresinha; mas sim, Santa Teresinha se tornou santa por ser filha desse casal”. Quanta simplicidade e verdade nessas palavras. Seus pais me inspiram a me tornar um pai de família melhor e, quem sabe, um dia ver meus filhos alcançarem a salvação.

   Aliás, o tesouro deixado pela sua mãe me inspirou muito. Tenho adotado a escrita de cartas – devidamente atualizada com emails – para falar com aqueles que preciso. Em tempos de mensagens automáticas e velozes, nada como desenvolver uma carta, como essa que lhe dirijo.

   Minha querida Madrinha, encerro essas linhas em tom de agradecimento. Sou grato pelo privilégio de contar com sua intercessão junto ao seu amado Jesus. Cada vez que visualizo uma rosa, sinto tua presença. Que eu possa a cada dia me inspirar nos teus passos e na “pequena via”.

Carinhosamente… seu afilhado

André Oliveira
Em 24 de janeiro de 2023, dia de São Francisco de Salles
Missionário CMVD.

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