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A parábola do filho pródigo (cf. Lc 15, 11-32) poderia ser também intitulada com a Parábola do Pai Misericordioso, a realidade do pecado não pode apagar uma outra realidade infinitamente e incomparavelmente superior: O Pai é misericórdia. Com essa certeza a reflexão sobre o pecado em nossa alma se torna mais profunda e real.
Santa Tereza de Jesus, mais uma vez escreve sobre essa realidade, quando o próprio Jesus, em um do seus êxtases, lhe mostrou o estado da alma em graça e em pecado: “Uma vez, estando em oração, mostrou-me o Senhor, por estranho modo de visão intelectual, o estado de uma alma em graça. Em sua companhia vi a Santíssima Trindade; vinha à alma um poder que assenhoreava toda a terra… Mostrou-me também como está a alma em pecado: sem poder algum, tal como uma pessoa estivesse de todo atada e ligada e com os olhos tapados; que, embora queira, não pode ver, nem andar, nem ouvir e está em grande escuridão… Julgo que se isto se entendesse tal como eu vi… não seria possível que alguém quisesse perder tanto bem e estar em tanto mal.” (cf. Obras Completas. Contas de Consciência, 21ª)
Esta visão se une à outra para complementar a realidade do pecado na alma: não há como viver a vida cristã, nem muito menos progredir nela unida ao pecado.
Um piedoso Exame de Consciência gera a contrição na alma, aquela dor que humilha a alma e a coloca no caminho de volta para o Amor do Pai, como nos diz Santo Tomás de Aquino, “assim como o orgulho nos enrijece no nosso próprio modo de sentir, assim, quando contritos, abandonamos o nosso próprio modo de pensar, humilhamo-nos.” (cf. sobre o Sacramento da Penitência, Q.1).
Três passos importantes que nos pede o Exame de Consciência para uma confissão com frutos espirituais: